CRÍTICA | LIGA DA JUSTIÇA
- Amanda Aparecida
- 16 de nov. de 2017
- 3 min de leitura

O filme do grupo dos maiores super heróis da DC Comics foi um dos mais aguardados do ano, deixando os fãs inquietos neste período para saberem se, depois do fenômeno da Mulher Maravilha, a DC já tinha achado seu caminho e conquistado o seu espaço cinematográfico. Particularmente, não acredito que os filmes que antecederam foram tão ruins como alguns abordam. Eles tiveram algumas falhas, principalmente Esquadrão Suicida, porém BVS foi uma abordagem diferente que foi mais agradável de assistir. Agora, a Liga da Justiça foi uma fresta da janela para o começo das soluções dos problemas.
Os sentimentos de medo e esperança são marcantes, apesar do longa correr muito e não se prender na narrativa. A introdução de cada personagem foi bem colocada, na qual podemos distinguir as características individuais de cada um. O alívio cômico foi bem apreciado, mesmo com algumas piadas mal colocadas, mas com certeza os novos personagens trouxeram uma imagem que deixou o clima mais leve e deu um novo ar. Flash rouba a cena e leva um novo ritmo, Ezra Miller com certeza já ganhou o carinho do público. O Aquaman foi a consolidação de que Jason Momoa foi a escolha certa para o papel. A Diana de Gal Gadot, como sempre, é fantástica por inúmeras vezes com cenas individuais incríveis. O reposicionamento do Batman foi um pouco forçado, mas Ben Affleck ainda é o Bruce Wayne ideal para o "DCEU". A decepção foi o Ciborgue/Ray Fisher, que ficou um pouco apagado enquanto dividia a cena.
As interações de dois ou até três personagens foram bem dispostos durante o longa, em que heróis totalmente diferentes achavam algo em comum. Mas o grupo em si não se encaixa, ocorre poucas cenas de todos juntos. O que é curioso, já que a premissa é "A LIGA ESTÁ UNIDA", mas em nenhum momento vemos uma "liga" e nem a união. Como foi um filme de introdução desse grupo, podemos relevar e esperar que a verdadeira união ocorra em uma futura sequência.
O vilão é fraco, mais pela CGI. O que já era esperado. DC/WB precisam urgentemente dar um "upgrade" no departamento de efeitos especiais. A remoção do bigode de Henry Cavill foi grotesca de doer os olhos. Em falar de Henry Cavill, tirando somente esse erro, vemos o verdadeiro Superman. Foi fantástico sua reaparição, elevando o nível do Homem de Aço nos cinemas. Foi o ponto mais forte de todo filme. O Superman foi um conceito que estava presente em todo momento, mesmo morto. Quando vivo, podemos dizer que vemos um "raio de sol" em termos de ação, compromisso com a alma do personagem e cenas memoráveis.
As referências e easter eggs dos quadrinhos, dos filmes anteriores e de outros heróis faz qualquer fã gritar na cadeira da sala de cinema. Você ver um sonho se tornando realidade e torce que chegue logo outros filmes, como a Tropa dos Lanternas Verdes e Shazam.
Em algums momentos, a comparação é inegável de se fazer com as lendárias animações da Liga da Justiça. A identidade do Zack Snyder e Joss Whedon ficaram bem evidentes.
Recapitulando, o filme cometeu algumas das mesmas gafes que a DC vem fazendo, mas foi bem menor desta vez. Também fizeram muitos acertos em que faz você comemorar que esteve presente para assistir por duas horas o maior número de super heróis, até agora, da DC nas telonas. Liga da Justiça deu um recomeço para este universo e deixou um gostinho de quero mais. Vale a pena ver e rever!
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